Rir e Refletir
O que me faz rir é uma pergunta que muitos não se fazem, mas eu sim. Por que não se questionar, afinal? Faz parte do autoconhecimento e, através disso, também somos capazes de aprender.
A fonte de risadas mais natural e presente na psique humana é rir do sofrimento. Quando alguém tropeça e cai de cara no sorvete, esbarra em um poste na rua ou escorrega em uma casca de banana, o prazer está na sensação de nos sentirmos superiores, sabendo que não somos tão atrapalhados quanto a pessoa que se envolveu na situação. A graça vai até onde nossa empatia permite. Não há graça em um acidente de carro, um braço quebrado ou pisar em um prego, independentemente das circunstâncias.
Ser o alvo da piada também é hilário. Saber que você, propositalmente ou acidentalmente, fez alguém rir é prazeroso. O ser humano deseja se sentir incluído, e nada melhor do que o humor para isso. É o que o palhaço faz, com os sapatos grandões, o nariz vermelho e suas trapalhadas. Eles encarnam e personificam bagunça do ser!
A inversão de expectativas tem seu valor, pois o ridículo é sempre muito engraçado. A falta de lógica, o nonsense, nos faz rir da estupidez daquilo, do quão bobo é quem escreveu, ou do quão absurdo é o universo onde a história se passa. Sentido para quê? Amo isso!
Eu odeio escatologia, pois sinto apenas nojo. Da mesma forma, tenho repulsa pelo humor ácido do tipo mais barato. Quando o alvo da graça é quem oprime, humilha ou realmente merece ser ridicularizado, tudo bem! Mas quando a vítima é quem sofre com esse tipo de humor, é deprimente. Só reforça o preconceito e negligencia o sofrimento das pessoas.
Alguns amigos meus têm um humor peculiar. Aquele tipo de humor que não faz o menor sentido, mas faz rir mesmo assim. O meu é caótico! Ver as coisas em completa confusão é realmente muito engraçado. 🔧😆
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