Um Dia de Festa Junina com os CAPS (ALERTA DE GATILHOS: Linguagem Abusiva, Misoginia, Alusão à Violência e Discussão de Saúde Mental)
Hoje fui a uma confraternização dos CAPS da região, uma festa junina organizada por estudantes de psicologia. Foi um projeto muito interessante, onde a maioria das pessoas se divertiram. 🎉😂
Recusei-me a pintar o rosto e o dente, pois a sensação de tinta ou maquiagem na pele é horrível. Vesti calças confortáveis, um chapéu de palha, uma gravata de E.V.A., o bigode por fazer e levei meu abafador de ruídos, que me salvou da barulheira.
Na van, o paciente Acelerado (como o chamo) começou a falar sobre a atendente do CAPS, dizendo que ela era burra, de forma totalmente gratuita. Meu colega, a quem chamarei de Piadista, defendeu a funcionária. Acelerado então afirmou ser mais inteligente que ela por ser homem e terminou com insultos, chamando Piadista de m3rd@ e gado, ao que meu colega apenas riu.
Chegando no CAPS, Acelerado conversou amistosamente com a atendente, assim como Piadista e eu. Ela parece muito simpática, embora ansiosa e não fale muito. Gostaria de ser amigo dela, mas sei que está em horário de trabalho e prefere ouvir música.
Enquanto esperávamos outro ônibus, as meninas se maquiavam, eu escrevia algumas coisas e brincava com uma bola verde que quicava bem. Acelerado ofendeu uma das pacientes, que respondeu rindo: "Assim você me quebra!" Ele retrucou: "Você quer que o Kid Bengala te quebre!" Em uma conversa com Piadista, soube que ele a havia chamado de p#t@ também.
Durante o almoço, o motorista da van chegou e, após uma pergunta, comentou que Acelerado tinha nos ouvido por atrás da porta no dia da polícia. O jovem afirmou que ele estava alucinando e o xingou de doente mental.
No ônibus, ajudaram uma senhora com sua cadeira de rodas. Ao meu lado sentou-se uma amiga do WhatsApp, mas a conversa morreu rapidamente. De fundo, ouvi Acelerado dizendo que precisava desesperadamente beijar alguém na festa, já que era Dia dos Namorados. Isso não achei absurdo.
Na festa, houve danças, prêmios e competição de fantasias. Não participei. Vi um jovem bonitinho e pensei em pegar seu número para sermos amigos, mas não consegui. Vi diversas meninas e fiquei triste, sabendo que nunca teria chance com pessoas assim. Foi deprimente não conseguir interagir, não só com elas, mas com todos. Acelerado, por outro lado, é muito bom em comunicação e conversou com uma garota, embora não tenha pego seu número. Torço para que se reencontrem.
Uma rede de televisão local apareceu. Foi engraçado ver Piadista tirando uma selfie sem perceber a câmera voltada em sua direção, ficando desconcertado depois. Meu amigo Thor é muito alegre e conseguiu aparecer na reportagem. Todos o conhecem, ele está sempre em reportagens e até em podcasts.
O lanche foi delicioso, com cachorro-quente e bolo de chocolate. Conversei com nosso psicólogo sobre vários assuntos e tirei algumas fotos inspiradas. A paisagem era linda! Dentro do ônibus, conversamos mais um pouco.
Na van para casa, Acelerado novamente soltou coisas terríveis, dizendo que nossa enfermeira tinha m3rd@ na cabeça, apesar de ela ser compreensiva e amável, mesmo após o que fez. Repreendi-o junto com Piadista, mas não adiantou. Ele também desejou que o policial com quem conversou levasse um tiro na cabeça, o que esperar de alguém que já disse que adoraria que sua própria mãe morresse?
Em suma, foi uma experiência proveitosa! Fez-me bem! Havia um mini laguinho com cágados, e as funcionárias do CAPS estavam todas bem produzidas e animadas. Não me arrependo de ter ido! Gostei de sair de casa!
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