Reflexões sobre o Sentido da Vida

O sentido da vida é uma questão filosófica muito interessante, e gostaria de compartilhar minha opinião sobre o que significa para mim atualmente, nesta fase da minha vida. Spoiler: o sentido é horário, progressivo, sempre para frente, em direção ao fim derradeiro de toda alma viva, a morte. 💝😜

O motivo mais comum ao qual me apeguei durante grande parte da minha vida foi o religioso. Acreditei que fui escolhido para servir e seguir um caminho árduo rumo ao paraíso. No entanto, no meio dessa estrada espinhosa, encontrei um homem bigodudo falando alemão. Ele me disse que negligenciar esta vida em prol de uma suposta outra existência era sem sentido, um culto à própria morte. Não se trata de haver um céu ou não, mas de aproveitar o que nos é garantido: este mundo, esta existência.

Nietzsche (raio de nome difícil) me fez perceber que não era inteligente renunciar à vida que tenho, mas, ainda assim, ele não me convenceu quanto ao sentido dela. Já acreditei em um propósito maior, uma missão. Já pensei que era apenas viver, sem me preocupar com isso. Porém, hoje em dia, penso que não há um sentido intrínseco.

Somos insignificantes frente à vastidão do cosmos, minúsculos, efêmeros. Diante de um ser transcendental e imortal, seríamos como moscas de fruta. Se tocássemos sua pele, ele sequer notaria. Se nos pisasse, não lamentaria nossa perda. E, querendo ou não, isso é libertador.

O propósito somos nós. Nos mimar, nos amar, contornar os obstáculos da vida, comer, nos cuidar. Mesmo que sejamos nada, nossa mente abrange uma vastidão infinita de pura magia, que ultrapassa os limites da realidade e nos dá esperança de ser para além do tempo e do espaço.

Eu acredito em Deus, acredito que não terei um fim. Com tranquilidade, afirmo que não morrerei. Mas, mesmo que não morra, quero ter vivido com propósito, aproveitado a vida com inspiração. O sentido da vida eu não sei, mas, quando meu corpo se desfizer, poderei ver se fez sentido, caso ainda esteja consciente de mim mesmo.