Reflexões de um Amor Queer Platônico
Meu amigue é gentil. Um ser iluminado que não me vê como par romântico, mas aceitou minha proposta de termos um relacionamento queer platônico. Elu genuinamente me deixa feliz e me faz sentir amado. Saber que pude ajudar de alguma forma com sua ansiedade aqueceu meu coração.
Elu é ume jovem gênero-fluído. Mantemos contato apenas pela internet, como faço com todas as outras pessoas com quem converso. É difícil não poder abraçá-lu, beijar seu rosto ou passar a mão em seu cabelo. Nem sempre ouço sua voz, que é alegre e bonita. Seu rosto vejo ainda menos, mas não tenho coragem de pedir fotos ou vídeos.
Fiz um poema para elu (embora esteja mais para um desabafo); 💗😌
Te amo de vez em quando.
Não te amo sempre.
Amo só quando te penso,
Quando te vejo,
Quando te escrevo.
Não te amo o tempo todo,
Só quando me perco no seu tempo.
Amo normal,
Amando te encher de carinho,
Amando te abraçar, e elogiar de forma verborrágica.
Não te amo perdidamente,
Mas fico meio perdido quando te amo.
Não quero beijar ferozmente seus lábios,
Ou o que se espera em um poema de romance.
Eu quero só te amar.
Amar normal.
Amar até onde me deixar.
Posso não te amar apaixonadamente,
Mas definitivamente te amo, e não é pouco.
Elu disse que gostou muito e disso eu gostei também.
É uma pena elu morar tão longe, embora ao alcance de uma viagem de ônibus. O real problema é que nao sei usar ônibus, dirigir, não tenho nenhum dinheiro ou o mínimo de independencia.
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